Porsche quer fazer do Brasil seu maior mercado

A Porsche decidiu fortalecer a presença no mercado brasileiro com subsidiária local. A operação é uma joint venture entre a empresa, que detém 75% do controle do negócio, e a Stuttgart Sportcar, até então importadora exclusiva dos carros da marca. Com a unidade, a companhia pretende fazer com que o Brasil volte a ser seu principal mercado na América Latina, posição perdida recentemente para o México.

De janeiro a outubro a companhia negociou 597 carros no País, uma unidade a mais do que no mesmo período de 2014. A expectativa de que 2016 traga boas oportunidades para a Porsche. “O mercado brasileiro tem potencial. Já devemos crescer a partir do ano que vem”, determina. Um dos pilares para o avanço da companhia no Brasil é a ampliação do portfólio de produtos.

Os estudos para a implementação da subsidiária da Porsche no Brasil começaram há cerca de três anos, quando o cenário do mercado nacional de veículos era bem mais promissor. A decisão foi tomada no fim de 2014 e, em agosto deste ano, a operação local da empresa fez a importação do primeiro veículo: um 911 GT 3. “O momento econômico e político é difícil, mas ainda há oportunidades. Todos acreditam no potencial do País no médio prazo”, enfatiza o diretor executivo Matthias Brück.

A subsidiária é a primeira da companhia na América Latina e a 18ª da Porsche no mundo. Até o fim do ano a unidade terá 26 funcionários, número que saltará para 30 pessoas em 2016. Segundo Brück, além do mercado importante, o Brasil tem como atrativo os clientes fiéis e apaixonados pela marca. O executivo destaca que outro fator positivo foi a presença robusta que a empresa já tinha localmente por causa do trabalho feito pela Stuttgart Sportcar.

O Brasil também apoia a estratégia global de crescimento da Porsche, servindo como a base da marca na América Latina. Nos últimos cinco anos a empresa duplicou suas vendas anuais no mundo. Só entre janeiro e outubro de 2015 a companhia entregou 191,7 mil veículos, cerca de um quarto deste volume foi para o mercado chinês. Estados Unidos e Alemanha aparecem em seguida na lista dos países com maior demanda por modelos da marca.

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